Realizado pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU, em parceria com a Apex-Brasil, o seminário “Policy Dialogues América Latina: Diálogos de Alto Nível Sobre Integridade e Anticorrupção no Setor Privado”, ocorreu entre 28 e 29/06 em Brasília com a participação do gerente de relações internacionais e institucionais da AsBEA-SP, Pedro Coelho.
A abertura do seminário, que ocorreu no auditório da Apex-Brasil, foi realizada por Camila Valverde, COO do Pacto Global da ONU, Rede Brasil, que contextualizou a criação da iniciativa em 2000, pelo então secretário geral das Nações Unidas, Kofi Anan. Ressaltou ainda a importância da anticorrupção, o 10º princípio do Pacto, sobre a necessidade das empresas e governos trabalharem juntos para relações transparência e no combate à corrupção.
Em seguida, o diretor de gestão corporativa da agência, Floriano Pesaro, iniciou sua fala apontando como a corrupção provoca a instabilidade sociopolítica no país. Afirmou que as empresas são motores que contribuem para o crescimento econômico, e a corrupção no setor provado prejudica a concorrência e os serviços prestados. No contexto da América Latina, este é um grande desafio já que 80% da população percebe corrupção nas entidades públicas e privadas, causando grande impacto na atração de investimentos e prosperidade econômica. Concluiu ressaltando a importância de o Brasil atingir as metas anticorrupção para conquistar a entrada na OCDE e a recente inciativa da Apex de instalar seu próprio comitê ESG.
Concluindo a abertura, Floriano Pesaro, representando o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana, realizou a assinatura da carta de apoio ao Movimento 100% Transparência do Pacto Global.
Em seguida Suelma Rosa, head de reputação e assuntos corporativos na América Latina da Unilever, realizou uma fala sobre a importância do Pacto Global e os compromissos anticorrupção na agenda ESG. Comentou que nos últimos anos, a dimensão “E” na sigla (de ambiental em inglês), já vem sendo mais consolidada nos últimos anos, enquanto o “S” deva ser a prioridade em um país desigual como o Brasil, mas que o “G” é importante para a questão mais ampla do combate à corrupção. Em sua experiência, o pacto é um facilitador da jornada de engajamento das empresas no ESG, por meio da adesão a seus 10 princípios. Concluiu ressaltando que a responsabilidade corporativa é tão importante quanto os pilares da governança: integridade, ética e transparência. Neste sentido, a democracia permite às empresas participarem da formulação de políticas públicas, mas esta participação deve estar orientada pelos interesses da sociedade.
ESG na AsBEA-SP
Em 2022 a AsBEA-SP realizou sua primeira pesquisa institucional, e entre os associados, a respeito do tema ESG. Seus resultados demonstraram o panorama da adesão aos princípios dentro da entidade e nos escritórios, apontando os caminhos para o aprimoramento das práticas nos dois âmbitos. Com isso, o próximo passo será o desenvolvimento de uma cartilha ESG para a recomendação da adoção de boas práticas alinhadas aos princípios ESG, específica para os escritórios de arquitetura e urbanismo brasileiros.
O resumo do seminário Policy Dialogues América Latina: Diálogos de Alto Nível Sobre Integridade e Anticorrupção no Setor Privado, será disponibilizado no site do Pacto Global Rede Brasil, acompanhe!